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Estágio Curricular III / E.B.M. Beatriz de Souza Brito /Turma 72 - semestre 2024/1

Aula 1: O corpo do som

Quinta-feira: 10/04/24

Tema: Pulsação, música e percepção. 

Tempo de aula: 90 minutos

Objetivos específicos
- Desenvolver a percepção rítmica através do corpo; 
- Compreender conceitos de pulsação, apoio e impulso; 
- Praticar jogos e brincadeiras que ajudem a internalizar um ritmo. 

 

Conteúdos
- Como pulsar o tempo no corpo usando os pés;
- Como pulsar o contratempo no corpo usando as palmas;
- Como pulsar em coletivo, entendendo o ritmo comum e interagindo com uma regência;
- Consciência corporal. 

Metodologia
As aulas iniciais serão divididas com a professora Gislene, conforme sugerido por ela em sala de aula. A partir do momento que eu estiver com a turma, ao início do encontro sugiro um aquecimento em roda, com todos em pé, formando um círculo. Com as estudantes em roda, inicia-se um aquecimento para o corpo e suas articulações, iniciando pelos pés até o pescoço, liberando e estimulando ombros, cabeça e mãos. Com os corpos aquecidos é feita uma dinâmica de interação com os nomes dos e das estudantes, o professor no centro aponta para diferentes pessoas ao redor na roda, que tem que falar seu nome em voz alta, aumentando a velocidade. Há nesse exemplo uma demonstração de como a velocidade influencia na música e como a Regência é também uma ferramenta musical. A mesma atividade é realizada com a idade dos adolescentes. (tempo para a atividade: 25 minutos)
A partir dessa primeira aclimatação, iniciamos a estruturação do conhecimento acerca d`O Passo. Sem explicar a estrutura, é sugerido que as alunas e alunos batam com os pés numa pulsação comum. Essa experiência pode ser orquestrada com a turma em roda ou andando pela sala, coordenadamente ou aleatoriamente. Com a firmeza de uma pulsação comum, pretende-se dividir a sala entre dois grupos (lado a lado) e impulsionar uma série de brincadeiras rítmicas que dividam acentos feitos com as palmas das mãos e com a batida dos pés. (tempo para a atividade: 20 minutos)
Com o avanço da turma, pretende-se chegar ao ponto de mostrar, com cartolina na parede, a estrutura do passo divida em quatro tempos  (semínima, num compasso 4/4) vocalizados em números e permeada pela divisão em colcheia, figurativizada na vogal “e” (tempo para a atividade: 15 minutos)
.  Para apoiar o entendimento dessa relação entre o tempo e o contratempo,  a força mútua entre o apoio e o impulso, alguns jogos são pensados usando essa relação como argumento, dentre eles: de um lado uma palavra é falada - cantada, gritada! - no tempo forte, junto com os pés, e outra é dita no contratempo (em oposição imagética, por exemplo, pode ser quente e frio) pelo outro grupo na sala. Com a roda inteira em uma pulsação de apoio com os pés, uma dupla de estudantes de cada lado pode ser chamada ao centro para um “solo” com palmas ou palavras. Pode-se também, através da regência, trabalhar a diferença entre dinâmica (volume) de um lado para o outro, variando para mostrar as diferentes sensações entre o tempo forte e o tempo fraco (tempo para a atividade: 25 minutos).

Recursos
- Instrumento para marcação da pulsação (agogô);
- O corpo de cada integrante;
- Cartolina;
- Caneta Marcador.

Avaliação


A avaliação se dará de forma contínua ao longo da atividade desenvolvida, a partir da observação individual sobre o entendimento e a aplicação dos princípios de movimento corporal propostos na metodologia que se relacionam com a compreensão da pulsação e/ou do andamento do ritmo. Caso haja considerações contundentes ou dúvidas construtivas, ao final da atividade, serão anotadas as percepções e questões para serem debatidas com a professora preceptora da turma.  

Aula 2: A música ao redor do mundo
Quinta-feira: 11/04/24

Tema: Culturas através da música.

Tempo de aula: 45 minutos

Objetivos específicos
- Conhecer diferentes culturas e suas musicalidades;
- Descobrir novos instrumentos;
- Aprender diferentes realidades de expressão musical ao redor do mundo;
- Aprofundar o conhecimento sobre instrumentos.

Conteúdos
- Instrumentos de diferentes lugares do mundo (organologia);
- Vídeos de performances em diferentes contextos;
- Material gráfico com figuras dos instrumentos (impresso e digital). 

Metodologia
Aula expositiva com diferentes conteúdos sobre história da música global com vídeos, imagens e áudios de distintas estéticas musicais (formas de musicar) ao redor do mundo, diferenciando culturas por sua forma de uso da voz (pigmeus africanos do Gabão, canto gutural dos Mongóis) e a configuração dos instrumentos (organologia) citados abaixo. Será proposta uma tarefa de casa para as alunas e alunos que consiste em levar para casa um material impresso com os formatos (shapes) dos instrumentos para conseguir identificá-los a partir das figuras, relacionando o nome com o formato dos instrumentos. Essa atividade será um gancho para a aula subsequente pois a correção será em sala, com as alunas e alunos procurando responder em sala quais são os nomes corretos. (tempo para a atividade: 25 minutos)
Ao todo são 10 instrumentos que serão apresentados na sala pelo recurso audiovisual, previamente pensados para entrarem no teste impresso a ser levado para casa, sendo: pandeiro (brasil/árabe), berimbau (brasil/áfrica), balafon (áfrica), cítara (índia), kalimba (áfrica), shamisen (japão), sicu (flauta peruana), bumbo leguero (sul da América do sul, djembe (áfrica), didgeridoo (austrália).
Após a apresentação em sala dos referidos instrumentos e a indicação sobre a atividade para ser feita em casa que receberão ao sair, partimos para uma dinâmica em pé, formando uma roda inspirada na experiência da aula anterior, mas que será iniciada com o seguinte questionamento: quais dos instrumentos apresentados tem o nome com três sílabas? A partir dessa interação que reforça a amostragem dos instrumentos na tarefa iremos - com todos e todas pulsando uma divisão simples que será ainda mais dividida - dessa vez introduzida através do vocábulo “O” que será substituído posteriormente pela divisão silábica dos nomes de instrumentos com 3 sílabas que foram exemplificados na atividade anterior (pandeiro, berimbau, kalimba, balafon, cítara). Pretende-se aqui apoiar o entendimento de uma pulsação subdivida em tercinas conforme conceito trabalhado pela professora em sala com a canção Obwisana (tempo para a atividade: 20 minutos).

Recursos
- Projetor Digital;
- Tela/Suporte para projeção;
- Material impresso com figuras para identificação.

 

Avaliação
A avaliação se dará de forma contínua ao longo da atividade desenvolvida, principalmente a partir da participação interativa na exposição dos slides, vídeos e imagens. Caso haja considerações contundentes ou dúvidas construtivas, ao final da atividade, serão anotadas as percepções e questões para serem debatidas com a professora preceptora da turma. 

Aula 3: Que instrumento é esse?
Quarta-feira: 17/04/24

Tema: Reconhecer para aprender

Tempo de aula: 90 minutos

Objetivos específicos
- Validar o conhecimento adquirido sobre nomes e formas dos instrumentos;
- Explorar vocalidades em grupo;
- Experienciar a regência.

Conteúdos
- Material gráfico com figuras dos instrumentos (impresso e digital);
- Vocalização musicada de sílabas;
- Divisão silábica e relação com altura, expressão, textura e andamento;
- Regência.

Metodologia
Entende-se esta aula como um desdobramento direto da aula anterior. Como na aula passada não foi possível finalizar a apresentação sobre os instrumentos ao redor do mundo, no início, pretende-se resgatar a exposição dos slides fazendo lembrar que um instrumento não colocado no papel é a voz, o som que sai da gente (tempo para a atividade: 30 minutos). Além desse reconhecimento, que busca retomar o assunto sobre práticas musicais não-urbanas ou que não pertencem à tradição clássica, a proposta é partir para a reflexão da relação entre ritmo (tempo e sua divisão) e altura (notas e sua divisão). Pensando na voz, lançarei mão da estratégia de dividir o grande grupo em três grupos menores, cada um responsável por uma sílaba ou vogal, partindo da divisão em tercinas, proposta na metodologia d’O Passo (1 O O 2 O O e assim por diante) e também da divisão silábica tripla da palavra “Música”, correspondendo à: MÚ-SI-CA. Explorando a sonoridade de cada sílaba com cada grupo e suas possíveis variações (MU, subindo e descendo de altura/ SI que pode ser ZZZZZI / CA que pode ser um grande grito) quero alcançar um novo grau de interação através da regência, possibilitando brincadeiras espontâneas e pequenas experiências de composição com os grupos de cada sílaba. A proposta é mostrar que, juntos e de forma organizada, conseguimos compor novas ideias e que a principal ferramenta pode ser a voz, através da palavra representada na sílaba, tratando sobre oralidade e cultura musical para conectar com o conteúdo proposto pela professora supervisora em sala (40 minutos).
Ao final da aula é entregue a tarefa que foi prevista para a aula 2, com as figuras para serem reconhecidas pelo seus nomes de instrumento, a ser corrigida na aula seguinte. (10 minutos).

Recursos
- Projetor Digital;
- Tela/Suporte para projeção;
- Material impresso com figuras para identificação.
- Corpo das alunas e alunos.
 

 Avaliação
A avaliação se dará de forma contínua ao longo da atividade desenvolvida, através participação interativa na exposição dos slides e a observação individual sobre o entendimento e a aplicação dos princípios de movimento corporal e da voz propostos na metodologia que se relacionam com a compreensão da pulsação e/ou do andamento do ritmo. Caso haja considerações contundentes ou dúvidas construtivas, ao final da atividade, serão anotadas as percepções e questões para serem debatidas com a professora da turma.  

Aula 4: O Pandeiro É Meu País
Quinta-feira: 18/04/24

Tema: Histórico do Pandeiro e Prática de Percussão

Tempo de aula: 90 minutos

Objetivos específicos
- Validar o conhecimento adquirido sobre nomes e formas dos instrumentos;
- Explorar vocalidades em grupo;
- Experienciar a regência.

Conteúdos
- Material gráfico com figuras dos instrumentos (impresso e digital);

Metodologia
De início, pretende-se corrigir os nomes dos instrumentos listados na tarefa, junto com os slides no projetor, mostrando um a um, como soam seus timbres e reforçando o caráter multicultural daquele panorama de instrumentos variados. (15 minutos) Em seguida, chama-se atenção para um instrumento que estava na lista mas não foi para o quadro: o pandeiro. Através de uma rápida exposição sobre a origem do instrumento - sua constituição organológica e sua trajetória cultural até os dias de hoje, associando sua importância no imagético instrumental brasileiro - (10 minutos) iremos encadear uma prática que revisa os tópicos trabalhados nas aulas anteriores (pulso, contratempo, tercina) com a divisão do grupo em “naipes” de pandeiro, que fazem determinada função conforme o arranjo coletivo: em um momento, um lado toca só o tempo com as platinelas, em um outro momento a pulsação a cada 4 tempos com o dedão… São exemplos de arranjos a serem construídos com a turma dividida, para que cada pessoa toque apenas um pouco, sem enormes desafios com a manipulação do instrumento mas somando ao todo geral, construindo um arranjo coletivo em uma prática de percussão (20 minutos), a proposta aqui é que aos poucos cada aluno ou aluna trabalhe um instrumento individual que irá compor os arranjos das músicas Obsanya , Cangoma e Sansa Kroma.


Recursos
- Projetor com telão
- Pandeiros

 

 Avaliação
A avaliação se dará de forma contínua ao longo da atividade desenvolvida, de forma especial a partir da participação interativa na exposição dos slides e a observação individual sobre o entendimento e a aplicação dos princípios de movimento corporal propostos na metodologia e no manusear do instrumento que se relacionam com a compreensão da pulsação e/ou do andamento do ritmo. Caso haja considerações contundentes ou dúvidas construtivas, ao final da atividade, serão anotadas as percepções e questões para serem debatidas com a professora da turma.  

01/05 - Feriado Dia do Trabalhador

 

24 e 25/04 - Ausência no estágio (Viagem Pessoal)

Aula 5: Reconhecendo as Estruturas
Quinta-feira: 02/05/24 

Tema: Arranjo coletivo na música através da percussão. 

Tempo de aula: 45 minutos

Objetivos específicos
- Executar música em instrumentos de percussão;
- Trabalhar arranjo em grupo;
- Experienciar a regência.

Conteúdos
- Princípios da percussão popular de rua*;
- Divisão de vozes em arranjo de percussão coletiva;
- Acompanhar uma melodia vocal na percussão.

Metodologia
Dentro da menor aula da semana, muitas vezes falta tempo para um aprofundamento teórico. Por isso, a proposta dessa aula é priorizar a prática e iniciar os arranjos coletivos para as canções Cangoma/Sansa Kroma, entendendo que o arranjo de “Obwisana” vem sendo construído aos poucos em outras aulas, desde o trabalho da Prof. Gigi com os xilofones, com a voz e na prática de pandeiros da aula 4 (18/04/2024). A partir dessas duas canções sugeridas no plano trimestral da professora, será proposto um arranjo coletivo inspirado nas gravações do projeto Meninos do Morumbi que busca o engajamento da participação em sala numa atividade puramente prática, também pretende-se trabalhar a atenção de tocar com o outro e entender como se aplicam as figuras estudadas (semínimas, colcheias e/ou tercinas) nas aulas anteriores. 

*Por percussão popular de rua, entende-se a instrumentação e o intuito de grupos que são blocos de percussão e ao mesmo tempo espaços de formação popular para percussão e a dança e que, geralmente, se apresentam na rua em evento abertos para a cidade (Olodum, Africatarina e etc…).

A proposta é que se construa um arranjo (previamente idealizado) em sala, que converse com a melodia vocal das músicas. Para isso a turma será divida em 5 naipes: voz, agogôs, surdos e queixadas. Por enquanto a subdivisão mais detalhada presente num caxixi e pandeiro será feita pelo professor, para não prejudicar o andamento (beat) da música. Também entende-se aqui que a Professora Gi irá “chefiar” o naipe das vozes, integrando o naipe para fortalecer o desafio que é unir melodia e expressão vocal, mas principalmente para ajudar a construir uma relação de confiança com algumas estudantes cantantes da sala que irão participar do Festival Municipal da Canção ainda no primeiro semestre deste ano.
Antes de um aquecimento corporal que trabalhe as regiões do rosto, pescoço, ombro e braços, unindo à um aquecimento vocal rápido (10 minutos) iremos dividir os 4 naipes em uma espécie de sorteio visual onde cada estudante integrará um naipe aleatório (para dissolver os pequenos grupos de amizade que se formam e dificultam a concentração do grupo em geral pelo excesso de interações) escolhido por uma cor. Para essa escolha é previsto levar 4 peles de instrumentos de aro 14” com um recorte de cartolina em cores diferentes encaixadas em cada pele. Ao virar a pele, descubra qual cor você escolheu e de qual grupo fará parte. (15 minutos)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Peles de caixa aro 14" reutilizadas para o sorteio dos grupos

A ideia aqui é mobilizar um pouco a zona de conforto de alguns estudantes, é para fazer com que meninos cantem mais e meninas toquem mais percussão. Caso alguém se negue a aceitar o papel instrumental que lhe foi incumbido no sorteio, é importante negociar que em momentos futuros os papeis serão trocados, para que todo mundo experimente um pouco a experiência com a instrumentação disponível. É para que cada pessoa ali entenda o arranjo de diferentes posições participando da construção, em outras palavras, saiba qual é a “linha do coleguinha” e vivencie como se dá o arranjo como um todo, suas particularidades em cada elemento. (20 minutos)
Partindo dessa primeira vivência, poderemos trocar os instrumentos na mesma aula ou em uma próxima aula a depender do tempo, liberando para que cada estudante escolha seu naipe de preferência.

Recursos
- Instrumentos da sala (surdos, agogôs, queixadas, pandeiros e etc.)
- Letras das canções impressas
 

 Avaliação
A avaliação se dará de forma contínua ao longo da atividade desenvolvida, de forma especial a partir da participação interativa na proposta do arranjo e a observação individual sobre o entendimento e a aplicação dos princípios de movimento corporal propostos na metodologia e no manusear do instrumento que se relacionam com a compreensão da pulsação e/ou do andamento do ritmo, também da melodia cantada através da voz. Caso haja considerações contundentes ou dúvidas construtivas, ao final da atividade, serão anotadas as percepções e questões para serem debatidas com a professora da turma.  

Peles de 14" com cartolina.jpg

Aula 6: Se preparando para a prova
Quarta-feira: 08/05/24

Tema: Revisão para a avaliação.

Tempo de aula: 90 minutos

Objetivos específicos
- Revisar conteúdos de melodia e ritmo;
- Estudar detalhadamente os elementos da canção “Obonso”;
- Praticar a canção na voz e no xilofone.

Conteúdos
- Melodia da canção;
- Divisão rítmica associada às sílabas das letras;
- Manuseio e toque do xilofone.

Metodologia
Um universo de atenção em torno do ambiente de revisão para a prova do dia posterior, conforme recomendado pela professora. A proposta da prova é sobre a música Obonso - a descrição das etapas avaliativas está no documento da aula do dia seguinte, 9 de maio - logo toda a trama narrativa da aula no dia 8 será em torno do estudo dessa canção, pensando principalmente a partir dos parâmetros: ritmo, melodia, harmonia e origem.

Dentro da proposta pedagógica, serão utilizados 4 cards físicos que estão nomeados com um dos parâmetros citados acima. Os cards se iniciam lado a lado, distribuídos sobre o chão e são revelados por alguém voluntário da turma, um por vez, convocando a discussão sobre suas especificidades. Servem para seccionar o assunto e recortar os temas. Em cada card é abordado o foco central e seus desdobramentos, como por exemplo: o ritmo da canção e como tocá-la com os pés revezando com as mãos, quais são suas figuras de duração. Em melodia: do que são feitas as melodias? De notas distribuídas em uma sequência de alturas atribuídas a uma quantidade de sílabas (no caso da canção, são 13 no total), logo podemos rever a sequência melódica da canção com base em um papel colado no chão, com a ordem melódica da divisão silábica na música, conforme imagem abaixo.

 

 

 

Sequência melódica da canção “Obonso” em papeis preparados para a aplicação da revisão
 

Em origem, iremos retomar: qual é o país de origem da canção? O que a letra quer dizer? Como se configura essa letra? Como se escreve? Quantas sílabas tem o trecho? Como as sílabas se dividem musicalmente(ritmo e altura)?
E assim por diante, os desdobramentos de cada card servem para orientar a um tópico da prova que será realizada, portanto pretende-se passar por todos os assuntos mas um de cada vez, suportado pela revelação do card que promove uma dinâmica de jogo para a classe, onde os temas são apresentados um a um com uma série de perguntas instigantes e que indicam um caminho, como as comentadas acima. A ordem do conteúdo definida pela revelação dos cards é dada ao acaso, passível de ser escolhida pela turma para trazer um grau diferente de mistério e envolvimento da atenção na atividade da revisão. 

Recursos
- Instrumentos da sala (Xilofone e agogô)
- Cards com os nomes das notas escritas
- Cards com as sílabas da letra da canção
 

 Avaliação
A avaliação se dará de forma contínua ao longo da atividade desenvolvida, em especial com o observar atento da dedicação individual e coletiva na revisão.

Aula 7: Avaliação I 
Quinta-feira: 09/05/24 

Tema: Avaliação

Tempo de aula: 45 minutos

Objetivos específicos
- Executar de diferentes formas a canção “Obonso”.

Conteúdos
- Percepção rítmica e melódica
- Prática com instrumentos de percussão melódica

Metodologia
Com base na sugestão da Professora preceptora em sala, a avaliação será em torno da canção “Obonso”, seus aspectos composicionais e sua execução prática individual, por mais que a canção venha de uma tradição compartilhada, onde seu entoar é derivado de seu momento partilhado entre mais de um. Mas aqui, tratamos do estudo individual a partir da canção de forma destrinchada, analítica, aproximando o entendimento da música como matéria para essa fase do ensino escolar. Portanto, as questões da prova irão girar através de uma avaliação prática sobre os aspectos da canção em questão: entendimento da origem e da forma musical, execução rítmica e melódica da música através do corpo e da voz e execução da sequência de notas em um instrumento de percussão melódica, o xilofone.
O desenho formal da avaliação que ocorre no tempo e individualmente mas com a presença de todas e todos em sala está dividido em 3 trilhas que a estudante em avaliação deverá percorrer. As trilhas estão descritas abaixo como etapas de avaliação.

Trilha 1 - Aprendendo o Sotaque
Assunto: Letra e divisão rítmica
Primeiro, apresenta-se ao aluno, no quadro, a divisão rítmica original da canção (composta por 13 sílabas, logo, 13 figuras) num formato em que abaixo da escrita musical rítmica há uma barra onde cabe uma sílaba e é requerido a aluna ou ao aluno que preencha a divisão com a letra da canção, identificando a partir do canto, onde cada componente silábico da canção se encaixa, se relacionando com o todo na divisão rítmica. Aqui, avalia-se também o entendimento acerca da origem da canção e das características do idioma daquela cultura.
(Prof. Gi)

 

Trilha 2 - Jogo Voz e Corpo
Assunto: Cantar a música e relacionar com a rítmica

Após isso, o aluno ou aluna vai para outro canto da sala onde deve apresentar ao professor avaliador a capacidade de, primeiro somente com os pés, cantar e marcar uma pulsação ritmada em relação à voz, que demonstre o ritmo do que está sendo cantado. Um segundo nível de dificuldade é adicionado quando é solicitado ao aluno ou aluna que, junto com os pés, batam palmas acompanhando o ritmo da canção, criando um novo ostinato que acompanha a voz, mas mantendo o ostinato da pulsação característica na música com os pés. É lúcido que - entende-se aqui essa lucidez por se tratar de uma música de caráter circular - que a estudante ou o estudante poderá repetir o trecho da canção várias vezes para conseguir executar uma interpretação consolidada.
(Prof. Leo)

Trilha 3 - Conversando com as notas
Assunto: Entendimento e execução da melodia

Por fim, o aluno ou aluna em avaliação se encontra em frente ao xilofone, para executar a sequência melódica da canção no teclado percussivo. A escolha por este instrumento refere-se ao trabalho que vinha sendo feito pela professora preceptora em sala.
Aqui, pretende-se destacar a sequência melódica impressa utilizada na aula do dia anterior (com algumas notas faltantes, a se “completar”) como ferramenta de apoio na execução da melodia, dado o devido desafio técnico característico dos lamelofones.

(Prof. Leo)


Recursos
- Instrumentos da sala (surdos, agogôs, queixadas, pandeiros e etc.)
- Quadro branco com canetas
 

 Avaliação
Sendo esta uma aula exclusivamente projetada para uma avaliação (com nota), as trilhas apresentadas na metodologia serão os pontos de clivagem do entendimento da questão que se espera do aluno ou da aluna em avaliação. Saber onde encaixar a letra da canção a partir de sua divisão rítmica, conseguir executar a parte vocal com o corpo em ação (no pé ou na mão) e experimentar a percussão melódica tocando as notas da melodia vocal são os requisitos necessários à avaliação, que se dará com a observação do desenvolvimento prático de cada estudante, sua intenção e gesto musical ao participar das atividades. 

Aula 8: Retomada da Aula 5
Quarta-feira: 15/05/24

Tema: Arranjo na música através da percussão. 

Tempo de aula: 90 minutos

Objetivos específicos
- Executar música em instrumentos de percussão;
- Trabalhar arranjo em grupo;
- Experienciar a regência.

Conteúdos
- Princípios da percussão popular de rua*;
- Divisão de vozes em arranjo de percussão coletiva;
- Acompanhar uma melodia vocal na percussão.

Metodologia
Como não foi possível realizar a aula no dia previsto, essa atividade será uma retomada, por isso, a proposta dessa aula é priorizar a prática e iniciar os arranjos coletivos para as canções Cangoma/Sansa Kroma, entendendo que o arranjo de “Obwisana” vem sendo construído aos poucos em outras aulas, desde o trabalho da Prof. Gigi com os xilofones, com a voz e na prática de pandeiros da aula 4 (18/04/2024), além da avaliação realizada somente com essa canção, no dia 09/05/2024. A partir dessas duas canções sugeridas no plano trimestral da professora, será proposto um arranjo coletivo inspirado nas gravações do projeto Meninos do Morumbi que busca o engajamento da participação em sala numa atividade puramente prática, também pretende-se trabalhar a atenção de tocar com o outro e entender como se aplicam as figuras estudadas (semínimas, colcheias e/ou tercinas) nas aulas anteriores. 

*Por percussão popular de rua, entende-se a instrumentação e o intuito de grupos que são blocos de percussão e ao mesmo tempo espaços de formação popular para percussão e a dança e que, geralmente, se apresentam na rua em evento abertos para a cidade (Olodum, Africatarina e etc…).
A proposta é que se construa um arranjo (previamente idealizado) em sala, que converse com a melodia vocal das músicas. Para isso a turma será divida em 4 naipes: voz, agogôs, surdos e queixadas. Por enquanto a subdivisão mais detalhada presente num caxixi e pandeiro será feita pelo professor, para não prejudicar o andamento (beat) da música. Também entende-se aqui que a Professora Gi irá “chefiar” o naipe das vozes, integrando o naipe para fortalecer o desafio que é unir melodia e expressão vocal, mas principalmente para ajudar a construir uma relação de confiança com algumas estudantes cantantes da sala que irão participar do Festival Municipal da Canção ainda no primeiro semestre deste ano.
Antes de um aquecimento corporal que trabalhe as regiões do rosto, pescoço, ombro e braços, unindo à um aquecimento vocal rápido (15 minutos) iremos dividir os 4 naipes em uma espécie de sorteio visual onde cada estudante integrará um naipe aleatório (para dissolver os pequenos grupos de amizade que se formam e dificultam a concentração do grupo em geral pelo excesso de interações) escolhido por, o que antes era uma cor, agora por um elemento gráfico. Para essa escolha é previsto levar 4 peles de instrumentos de aro 14” com um recorte de papel com sinais gráficos diferentes encaixados em cada pele. Os sinais são um X, um círculo, um triângulo e um quadrado, para lembrar os comandos de um videogame. Ao virar a pele, descubra qual sinal você escolheu e de qual grupo fará parte. (15 minutos)
A ideia aqui é mobilizar um pouco a zona de conforto de alguns estudantes, é para fazer com que meninos cantem mais e meninas toquem mais percussão. Caso alguém se negue a aceitar o papel instrumental que lhe foi incumbido no sorteio, é importante negociar que em momentos futuros os papeis serão trocados, para que todo mundo experimente um pouco a experiência com a instrumentação disponível. É para que cada pessoa ali entenda o arranjo de diferentes posições participando da construção, em outras palavras, saiba qual é a “linha do coleguinha” e vivencie como se dá o arranjo como um todo, suas particularidades em cada elemento. (45 minutos)
Partindo dessa primeira vivência, poderemos trocar os instrumentos na mesma aula ou em uma próxima aula a depender do tempo, liberando para que cada estudante escolha seu naipe de preferência.

Recursos
- Instrumentos da sala (surdos, agogôs, queixadas, pandeiros e etc.
 

 Avaliação
A avaliação se dará de forma contínua ao longo da atividade desenvolvida, de forma especial a partir da participação interativa na proposta do arranjo e a observação individual sobre o entendimento e a aplicação dos princípios de movimento corporal propostos na metodologia e no manusear do instrumento que se relacionam com a compreensão da pulsação e/ou do andamento do ritmo, também da melodia cantada através da voz. Caso haja considerações contundentes ou dúvidas construtivas, ao final da atividade, serão anotadas as percepções e questões para serem debatidas com a professora da turma. 

Aula 9: Tocando em Frente
Quinta-feira: 16/05/24

Tema: Arranjo coletivo na música.

Tempo de aula: 45 minutos

Objetivos específicos
- Executar música em instrumentos de percussão e voz;
- Trabalhar arranjo em grupo;
- Experienciar a regência.

Conteúdos
- Princípios da percussão popular de rua*;
- Divisão de vozes em arranjo de percussão coletiva;
- Acompanhar uma melodia vocal na percussão.

Metodologia
A proposta principal aqui é aproveitar o frescor da atividade no dia anterior - de montagem de um arranjo com percussão para acompanhar a voz - e iniciar uma nova etapa de arranjo coletivo, onde os detalhes da prática musical e os direcionamentos do arranjo são feitos pelas próprias estudantes em sala. A ideia aqui é usar o material da aula anterior (com os elementos gráficos) para que seja um norteador referencial de acentos musicais possíveis de combinar entre si. O X representa uma batida, o círculo representa duas, o triângulo representa três e o quadrado, por sua vez, representa uma célula rítmica de quatro batidas.
Com esses valores combinados de forma aleatória a partir da “revelação” de cada sinal gráfico pretende-se insurgir uma dinâmica composicional em grupo: através do resultado aleatório de combinações entre as células rítmicas criaremos uma composição musical pautada no arranjo dos instrumentos disponíveis para servir de introdução ou de interlúdio às músicas fixadas na grade da disciplina (Obonso, Cangoma, Sansa Kroma). Assim, conquistamos aos poucos uma prática musical sólida baseada na participatividade e na autonomia em uma escolha individual ingênua, descompromissada, marcada pela aleatoriedade.
O componente aleatório aqui, inscrito na ideia de revelar os sinais gráficos escondidos nas peles usadas, vai de encontro à tentativa de amenizar o gesto da escolha musical, muitas vezes atravessado pela noção do gosto pessoal. Alguns estudantes preferem não opinar - não dar ideias musicais - por medo de suas sugestões serem reduzidas ou caçoadas pelo grupo.
O componente coletivo aqui tem o intuito de ouvir a voz de quem está em sala, saber como preferem distribuir uma batida dupla (ou qualquer outra batida), quais serão os instrumentos tocados, qual recurso iremos usar para lembrar da ordem das células. Novas musicalidades e novos instrumentos entrarão na roda. A proposta é iniciar nessa aula algo que no futuro se desdobrará em práticas de registro (gravação e notação), opiniões analíticas e críticas sobre instrumentação e assim por diante.


Recursos
- Instrumentos da sala (surdos, agogôs, queixadas, pandeiros e etc.)
- Peles de 14” estilizadas com sinal gráfico
 

 Avaliação
A avaliação se dará de forma contínua ao longo da atividade desenvolvida, de forma especial a partir da participação interativa na proposta do arranjo e a observação individual sobre o entendimento e a aplicação dos princípios de movimento corporal propostos na metodologia e no manusear do instrumento que se relacionam com a compreensão da pulsação e/ou do andamento do ritmo, também da melodia cantada através da voz. Caso haja considerações contundentes ou dúvidas construtivas, ao final da atividade, serão anotadas as percepções e questões para serem debatidas com a professora da turma. 

Aula 10: Destrinchando os símbolos
Quarta-feira: 22/05/24 

Tema: Arranjo e criações coletivas na música.

Tempo de aula: 90 minutos

Objetivos específicos
- Colaborar em um arranjo coletivo de percussão e voz;
- Tocar um arranjo musical criado por colegas em sala de aula;
- Experienciar a regência.

Conteúdos
- Composição com base em células rítmicas;
- Divisão de vozes em arranjo de percussão coletiva;
- Criação coletiva de arranjo musical.

Metodologia
A partir da experiência da aula anterior (16/05) onde a composição com figuras (X, círculo, quadrado e triângulo) se demonstrou fácil de conduzir porém difícil de aplicar, a proposta para essa próxima aula é de expansão das questões pertinentes à proposta desse arranjo coletivo (tempo da pulsação, desenvolvimento da divisão e uma explicação mais calma das figuras e suas acentuações em uma, duas, três ou quatro batidas que irão corresponder às semínimas de um compasso 4/4).
Sendo assim, será feita uma revisão do que significa cada símbolo e como é a sua execução. Para isso, além do gesto regencial e da pulsação nos pés, irei focar em primeiro transitar entre os valores de duração, estudando bem como se dá a batida de cada figura para depois montar a sequência proposta no arranjo original criado na aula 9 (16/05). 

 

 

 

        Quadro com resultado da composição coletiva aleatória,

dividindo os naipes a sequência de batidas através das figuras.

Seguindo essa dinâmica, a intenção é que seja acrescentado o naipe da voz como um “naipe difuso entre os naipes” onde, vez ou outra, cada parte do grupo é convidada a vocalizar um acento em uma nota combinada ou uma expressão com a voz, sempre nas figuras de uma batida só (X), para que, aos poucos, a turma desenvolva uma relação com as vocalidades possíveis para impulsionar um interesse pelo canto ou pela melodia vocal, que raramente é bem acolhida pelo grupo em geral na hora da prática musical. (50 minutos)
Após experienciar diversas vezes como poderemos tocar o arranjo musical construído pelo grupo, voltaremos ao estudo de prática das canções “Cangoma” e “Sansa Kroma” - realizando a devida revisão da forma e da letra das canções - como trabalhado nas aulas anteriores, para então comunicar a ideia de que o arranjo coletivo aleatório (feito com as figuras) servirá como um interlúdio entre ideias musicais praticadas na sala. Poderá ser um tipo de transição para uma apresentação ou um fechamento performático do semestre.
A ideia aqui é gravar o arranjo tocado e apresentar na aula seguinte para a apreciação coletiva e a discussão se existem detalhes ou elementos a serem modificados. (40 minutos)

Recursos
- Instrumentos da sala (surdos, agogôs, queixadas, pandeiros e etc.)
- Peles de 14” estilizadas com sinal gráfico
- Quadro branco com canetas
- Gravador simples (celular ou dois canais).
 

 Avaliação
A avaliação se dará de forma contínua ao longo da atividade desenvolvida, de forma especial a partir da participação interativa na proposta do arranjo e a observação individual sobre o entendimento e a aplicação dos princípios de movimento corporal propostos na metodologia e no manusear do instrumento que se relacionam com a compreensão da pulsação e/ou do andamento do ritmo, também da melodia cantada através da voz. Caso haja considerações contundentes ou dúvidas construtivas, ao final da atividade, serão anotadas as percepções e questões para serem debatidas com a professora da turma. 

© 2023 - por Leo Saconatto

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